quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Veja como foi o IV Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil

Identificar, analisar e compartilhar estudos, práticas e experiências bem-sucedidas na prevenção e erradicação do trabalho infantil na América Latina: com essa proposta, o Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil reuniu especialistas em São Paulo, no dia 26 de agosto.
Foi um dia inteiro de apresentações e debates para contribuir com a III Conferência Mundial contra o Trabalho Infantil, que acontecerá de 08 a 10 de outubro, em Brasília.
Desafios e cenário atual
Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica Vivo, destacou que o trabalho infantil ainda é invisível no País e apontou que é preciso, na cultura popular, substituir a frase “melhor trabalhar do que roubar” por “melhor estudar do que trabalhar.
“Nosso País, dentre os do Cone Sul, é o que tem o menor percentual de crianças trabalhando, mas o volume absoluto é grande”, acrescentou Antônio Carlos Valente, presidente da Telefônica Vivo, já com base no estudo apresentado durante o Encontro.
Paula Montagner, secretária adjunta do Ministério do Desenvolvimento Social, disse que não basta ter a criança fora do trabalho. “É preciso tê-la na escola, com qualidade, para todas as idades”, completou.
Já Isa de Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), apontou que é fundamental começarmos a discutir políticas públicas que garantam os direitos de educação, aprendizagem e trabalho protegido.
Inspiração e pesquisa
Wellington Nogueira, do grupo Doutores da Alegria, teve a incumbência de trazer uma palavra inspiradora. “O trabalho infantil ceifa a infância. Temos que colocar o melhor de nós a serviço das crianças”, exclamou para, em seguida, propor uma reflexão: “Por que é importante brincar? Porque é assim que caímos e aprendemos a nos levantar, a seguir adiante”.
Na sequência, foi apresentado o estudo “Trabalho Infantil e Adolescente: impacto econômico e os desafios para a inserção de jovens no mercado de trabalho no Cone Sul”, que mostra números sobre a mão de obra infantojuvenil nos países desse grupo.
Você pode acompanhar os resultados, na íntegra, no site da Rede Latino-americana contra o Trabalho Infantil.
Como a sociedade está cuidando das crianças e adolescentes?
Quando o bate-papo foi aberto aos espectadores, surgiram vários insights e reflexões. Listamos alguns exemplos, mas você pode acompanhar outros pela hashtag #semtrabalhoinfantil:
  • “A consciência de que o trabalho infantil não é o único caminho é a chave para a mudança.”
  • “A escola tem que entender que o problema do trabalho infantil não é só de assistência social. É da conta de todos!”
  • “A mudança cultural tem que acontecer em vários níveis. Mesmo o adolescente tem que perceber que estudar é o melhor.”
  • “O ensino médio tem que ser interessante para o jovem. Manter o adolescente em sala de aula hoje não está fácil.”
É da Nossa Conta!: lançamento da Segunda Onda
A gerente de nossa área de Infância e Adolescência, Patrícia Santin, subiu ao palco para falar da Segunda Onda da campanha É da Nossa Conta!, que consistirá na realização de oficinas presenciais, em setembro, com os atores sociais envolvidos no Sistema de Garantias e comunicadores no Nordeste do País. Em agosto, as oficinas foram na região Norte. Veja como foi.
Salas temáticas
À tarde, os participantes se dividiram em três salas para discutir as seguintes temáticas: o combate às piores formas de trabalho infantil, sua invisibilidade nas cadeias produtivas e o trabalho adolescente protegido – o terceiro tema foi transmitido ao vivo por ter sido escolhido pelos internautas na enquete que promovemos em nosso site.
O que deve ser levado para a III Conferência Global?
Na plenária final, os participantes se reuniram novamente no mesmo salão e apresentaram os insumos das discussões realizadas nas três salas temáticas. Os principais pontos levantados no Encontro serão reunidos em uma publicação que será levada à III Conferência Mundial contra o Trabalho Infantil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário